Paisagens

Ao longe pela negrofunda rua
O tempo de tempo
Em tempo aflora afora
Coberto por neblina
Longe vai outono pálido
De negras chuvas sobre o porto
De frio morro
É inverno de dor padeço
No bosque ao longe
Que jaz aos meus pés
A flor – floriu
De primavera na manhã pela
Qual vagava ouvindo doces cânticos
No verão verás tenho sede
E de sede em sede
Beberei o azul do céu
Assim espero o fim
Assim apodreço
Para o sono da morte
Viver é bastante.

Outono 2008

Comentários

Anônimo disse…
Grato pela visita.
Parabéns pelo blog, pelo poema e pela escolha dos textos. Estarei por aqui.
Abraço
Mariano

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